Preços das Frutas em Queda: Entenda o que está por trás da baixa no atacado

Frutas como maçã, melancia e banana tiveram queda nos preços no atacado devido ao aumento da oferta e à estabilidade da demanda, segundo a Conab

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7/2/20252 min read

Maçã, melancia e banana tiveram queda nos preços nas ultimas semanas
Maçã, melancia e banana tiveram queda nos preços nas ultimas semanas

Segundo dados da Conab, frutas como maçã, banana, melancia e mamão apresentaram queda significativa nos preços nas centrais de abastecimento do país no último mês. A redução é explicada por fatores como aumento da oferta, safra em pico e menor demanda em algumas regiões.

Nas últimas semanas, os consumidores notaram uma leve queda nos preços de algumas frutas nas feiras e supermercados. Por trás desse movimento, está um recuo mais acentuado nos preços praticados no atacado, especialmente nas Centrais de Abastecimento (Ceasas), segundo análise da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgada no boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort).

Maçã, banana, melancia e mamão foram algumas das frutas que mais caíram de preço. Mas por que isso aconteceu? E como essa queda pode afetar produtores, distribuidores e consumidores?

A maçã teve um recuo de cerca de -11,8% nos principais mercados atacadistas. Esse comportamento está diretamente relacionado ao aumento da oferta provocado pela colheita da variedade Gala, que acontece nos primeiros meses do ano, especialmente no Sul do Brasil. O excesso de frutas nos centros de distribuição pressiona os preços para baixo.

Outras frutas que apresentaram queda foram a melancia, com variação de -10,7%, e o mamão, com recuo de -9,5%. Segundo a Conab, a produção segue estável ou em ligeiro crescimento, enquanto a demanda permaneceu estagnada — especialmente em regiões afetadas por chuvas ou calor excessivo, o que reduz o consumo de frutas frescas.

A banana, uma das frutas mais consumidas no Brasil, também registrou queda média de -3,6%. O clima favorável em regiões produtoras como Vale do Ribeira (SP) e Norte de Minas contribuiu para o bom ritmo de colheita. Com maior disponibilidade e logística em dia, o preço recuou, aliviando o bolso do consumidor.

Apesar da tendência geral de queda, algumas frutas apresentaram pequenas altas ou estabilidade nos preços, como o abacate e a laranja, devido a fatores sazonais ou redução de oferta em determinadas regiões.

A redução nos preços das frutas mais comercializadas é resultado direto do equilíbrio entre oferta e demanda — com a colheita em alta e o consumo estável, os preços naturalmente cedem. Isso beneficia o consumidor, que encontra frutas de boa qualidade por um valor mais acessível.

Por outro lado, os produtores precisam estar atentos à gestão de estoques e aos canais de comercialização para manter a rentabilidade em períodos de preços baixos. Acompanhar os boletins da Conab é uma ferramenta essencial para quem atua na produção ou comercialização de hortifrútis.

Esse movimento sazonal mostra como o setor agrícola é dinâmico e sensível às condições climáticas e logísticas, reforçando a importância de um planejamento bem estruturado em toda a cadeia do agro.

Fontes: Conab - Programa Prohort, Ceasas - Preços no atacado