Laser mostra aumento de carbono no solo em fazendas com manejo sustentável
Técnicas a laser revelam até 50% mais carbono no solo de fazendas com manejo sustentável no Cerrado, fortalecendo o mercado de créditos de carbono e a adaptação climática
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8/19/20252 min read
A Embrapa Instrumentação (SP), em parceria com a Bayer, desenvolveu um estudo inovador utilizando técnicas baseadas em laser para medir com precisão os estoques de carbono no solo de áreas agrícolas com manejo sustentável. A pesquisa foi realizada diretamente em fazendas produtivas do Cerrado, da Mata Atlântica e do Pampa, verificando aumentos de até 50% no estoque de carbono no solo comparado às áreas nativas, principalmente em propriedades que operam com sistemas como plantio direto. Essa margem de recuperação é um forte indicativo do potencial das práticas agrícolas sustentáveis para aumentar a matéria orgânica do solo, com impactos diretos no combate às mudanças climáticas e na geração de créditos de carbono.
Um dos grandes avanços dessa metodologia é a sua capacidade de realizar medições eficientes, com baixo custo e sem uso de reagentes químicos, tornando o processo adequado para ser aplicado em grandes escalas de produção. Este tipo de tecnologia permite que o monitoramento seja incorporado como parte de planos como o ABC+ e o programa PRO Carbono da Bayer, incentivando práticas agrícolas regenerativas enquanto promove maior sustentabilidade no campo.
O estudo destacou que medidas como o plantio direto e demais práticas conservacionistas contribuem não apenas para a retenção de carbono, mas também para a melhoria da fertilidade do solo, maior estruturação física e maior resistência climática das lavouras. Além disso, ter acesso a dados apurados favorece a viabilização da certificação e monetização dos serviços ambientais prestados pelos produtores.
Por que isso é importante para o Agro
O avanço dessa tecnologia baseada em laser representa um marco para o setor agrícola, pois permite comprovar cientificamente algo que muitos produtores já percebiam na prática: o solo bem manejado é mais fértil, resiliente e capaz de capturar carbono da atmosfera. Isso gera uma série de impactos positivos, tanto no campo quanto no mercado:
Precisão e inovação tecnológica: a medição feita com laser oferece resultados rápidos, confiáveis e sem necessidade de reagentes químicos, tornando o processo escalável e acessível para propriedades de diferentes tamanhos.
Acesso ao mercado de créditos de carbono: com dados sólidos e auditáveis sobre o carbono no solo, os produtores têm maior facilidade em comprovar sua contribuição ambiental. Isso abre portas para a comercialização de créditos de carbono, que já movimentam bilhões no mercado internacional.
Agricultura de baixo carbono: práticas como plantio direto, rotação de culturas e integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) não só aumentam os estoques de carbono no solo, como também reduzem a necessidade de insumos, diminuindo custos de produção.
Resiliência climática e produtividade: solos mais ricos em matéria orgânica apresentam maior retenção de água e nutrientes, suportando melhor períodos de seca ou excesso de chuvas. Isso garante estabilidade produtiva em cenários de mudanças climáticas.
Valorização da imagem do produtor: cada vez mais consumidores e empresas buscam alimentos de origem sustentável. Ter dados que comprovem o impacto positivo da produção rural ajuda a melhorar a reputação do agro brasileiro no mercado interno e externo.
Suporte a políticas públicas e programas sustentáveis: informações mais precisas sobre o carbono no solo fortalecem iniciativas como o Plano ABC+, que estimulam a transição para uma agricultura de baixo impacto e mais competitiva.
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